domingo, 26 de janeiro de 2014

A DESCULTURALIZAÇÃO musical no brasil.


César Torres

Infelizmente "desculturalização" da música no Brasil é um processo que atinge a maioria dos jovens. As composições musicais surgem em velocidade incrível, onde a qualidade não é mais uma preocupação e sim o ritmo que são todos parecidos, mal adaptadas ou com uma maliciosa conotação pornô.
Existe uma preocupação muito grande entre os educadores, do rumo que esse lixo execrado das profundezas do inferno cultural é que estão direcionando o comportamento dos jovens de hoje. Os grandes nomes da música brasileira, que construíam melodias que encantavam a alma e exalavam cultura, como: Pixinguinha, Dorival Caime, Nelson do cavaquinho, Luiz Gonzaga, Heitor Vila-Lobos, Nara Leão, Clara Nunes, Elizeth Cardoso, Maysa, Dolores Duran e muitos outros, mas não podemos nos ater a somente os antigos compositores, mas também os bons exemplos da modernidade como: Antonio Carlos Jobim, Jorge Bem Jó, Zizi Possi, Ângela Ro Ro, Paulinho da Viola, Gal Costa, Lulu Santos,  Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Tim Maia, Raul Seixas, Renato Russo e alguns sertanejos e românticas de belas composições como: Xitãozinho e Xororó, Vitor e Léo, Paula Fernandes e muitos outros, não servem mais de inspiração para os novos compositores. A lista de bons exemplos musicais para todos os gostos é infinita.
Se tornou um sacrifício quando temos que ouvir uma emissora de rádio ou um programa de TV que apresenta tão somente esse lixo musical que polui até a alma dos ouvintes com ritmo de Funk, Rep, Sertanejo Universitário e outras mistura de ritmos a exemplo de Naldo, Pisirico, Aviões do Forró etc. Estas músicas estão mudando completamente o comportamento social, estimulando a prática sexual cada vez mais cedo entre os jovens, bem como a promiscuidade que acaba por induzir também ao uso de substancias químicas proibidas e nocivas a saúde física, mental e moral. Considerando ainda que cria um ambiente propício para a ação de traficantes de drogas a distribuírem os seus produtos, fortalecendo o crime e a violência urbana. Neste inferno de coisas ruins, podemos citar algumas exceções, onde podemos ainda presenciar bons interpretes, cantando belas composições como no programa Raul Gil, que infelizmente não possui o alcance necessário para combater o lixo musical massificado pela maioria das TVs e rádios de todo Brasil.
Existe uma cultura no Brasil de que qualquer intervenção governamental é uma ação de autoritarismo ferindo a democracia. Mas acredito que o Ministério da Cultura da Educação e até mesmo o Judiciário deveria limitar as apresentações públicas de shows e divulgação de letras  que ferem o princípio da construção da moralidade e os bons costumes que levam à uma sociedade mais equilibrada socialmente.
Não somos retrógrados e intolerante com as mudanças, ao contrário, acompanho a evolução social com bons olhos, e busco me adaptar a todas elas, quando são boas, produtivas, e somam em nossa vida, trazendo os benefícios para uma convivência sociocultural saudável, onde os direitos do cidadão são preservados. Não na atual situação em que as famílias são destruídas pela intolerância dos filhos em não acreditar mais na tradicional educação, após conviverem com tamanha discrepância cultural. 

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