César Torres
Infelizmente
"desculturalização" da música no Brasil é um processo que atinge a
maioria dos jovens. As composições musicais surgem em velocidade incrível, onde
a qualidade não é mais uma preocupação e sim o ritmo que são todos parecidos,
mal adaptadas ou com uma maliciosa conotação pornô.
Existe uma
preocupação muito grande entre os educadores, do rumo que esse lixo execrado
das profundezas do inferno cultural é que estão direcionando o comportamento dos
jovens de hoje. Os grandes nomes da música brasileira, que construíam melodias
que encantavam a alma e exalavam cultura, como: Pixinguinha, Dorival Caime,
Nelson do cavaquinho, Luiz Gonzaga, Heitor Vila-Lobos, Nara
Leão, Clara Nunes, Elizeth Cardoso, Maysa, Dolores Duran e muitos outros, mas não podemos nos ater a somente os antigos
compositores, mas também os bons exemplos da modernidade como: Antonio Carlos
Jobim, Jorge Bem Jó, Zizi Possi, Ângela Ro Ro, Paulinho da Viola, Gal Costa, Lulu Santos,
Gilberto Gil,
Caetano Veloso, Chico Buarque, Tim Maia, Raul Seixas, Renato Russo e alguns
sertanejos e românticas de belas composições como: Xitãozinho e Xororó, Vitor e
Léo, Paula Fernandes e muitos outros, não servem mais de inspiração para os novos
compositores. A lista de bons exemplos musicais para todos os gostos é
infinita.
Se tornou um sacrifício
quando temos que ouvir uma emissora de rádio ou um programa de TV que apresenta
tão somente esse lixo musical que polui até a alma dos ouvintes com ritmo de
Funk, Rep, Sertanejo Universitário e outras mistura de ritmos a exemplo de Naldo,
Pisirico, Aviões do Forró etc. Estas músicas estão mudando completamente o
comportamento social, estimulando a prática sexual cada vez mais cedo entre os
jovens, bem como a promiscuidade que acaba por induzir também ao uso de
substancias químicas proibidas e nocivas a saúde física, mental e moral.
Considerando ainda que cria um ambiente propício para a ação de traficantes de
drogas a distribuírem os seus produtos, fortalecendo o crime e a violência
urbana. Neste inferno de coisas ruins, podemos citar algumas exceções, onde
podemos ainda presenciar bons interpretes, cantando belas composições como no
programa Raul Gil, que infelizmente não possui o alcance necessário para
combater o lixo musical massificado pela maioria das TVs e rádios de todo
Brasil.
Existe uma cultura no Brasil
de que qualquer intervenção governamental é uma ação de autoritarismo ferindo a
democracia. Mas acredito que o Ministério da Cultura da Educação e até mesmo o
Judiciário deveria limitar as apresentações públicas de shows e divulgação de
letras que ferem o princípio da construção
da moralidade e os bons costumes que levam à uma sociedade mais equilibrada
socialmente.
Não somos retrógrados e intolerante com as mudanças, ao contrário, acompanho a evolução social com bons olhos, e busco me adaptar a todas elas, quando são boas, produtivas, e somam em nossa vida, trazendo os benefícios para uma convivência sociocultural saudável, onde os direitos do cidadão são preservados. Não na atual situação em que as famílias são destruídas pela intolerância dos filhos em não acreditar mais na tradicional educação, após conviverem com tamanha discrepância cultural.
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