terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Água


Água

César Torres

O desperdício, a poluição e a destruição da  Mata ciliar, são exemplos de descaso com a água, que resultam em inúmeros problemas que comprometem a sobrevivência no planeta. A água é um elemento essencial à vida é um recurso finito. Sua disponibilidade e qualidade são determinantes para manutenção da qualidade de vida das futuras gerações.

Embora se observe muita falta de cuidado no planeta em relação à preservação desse recurso, várias instituições no mundo vem se preocupando com seus reservatórios naturais, visando proteger o futuro da espécie humana e de todas as outras espécies, que podem ser extintas ou comprometidas, a menos que se tome uma atitude significativa com relação à administração dos recursos hídricos no globo terrestre.

Não tenho a pretensão de mudanças radicais, porque sei o quanto é difícil as mudanças dentro de nossa casa. Mas com a união de forças, talvez possamos inicial as mudanças que irão trazer benefícios para as futuras gerações. Isto já pode ser considerado um grande passo. Espero que esse trabalho o ajude a se conscientizar da necessidade de participar desse esforço conjunto.

Diante do caos ambiental que se encontra o mundo – onde o maior ameaçado é o homem – fica evidente a necessidade de uma mudança urgente, que depende de um esforço coletivo, ou seja, uma mudança nos hábitos e atitudes de empresas, dos governos, das instituições de ensino, enfim das pessoas, pois são elas que determinam a forma de agir.

Essa forma de agir depende da educação, do conhecimento e da consciência formada desde criança através da educação ambiental, formando cidadão responsáveis por suas ações. Se cada um fizer sua parte pode-se ter esperanças de um mundo mais sustentável, não somente para o presente, mas também para as futuras gerações.
Uma ação pedagógica que seja eficiente deve ser estruturada em correspondência com as particularidades físicas, psicológicas e sociais da população e principalmente da criança, levando em conta os seus diferentes níveis de desenvolvimento, considerando que será principalmente a criança que irá fazer parte de uma futura geração socioambientalmente correta.

De acordo com Piaget apud Lieixà Arribas (2004), o desenvolvimento precede a aprendizagem, por isso é preciso conhecer os níveis de desenvolvimento alcançados pelas crianças para saber o que elas serão ou não capazes de fazer e assim adaptar os processos de aprendizagem a esses níveis de desenvolvimento.
Existe uma grande diferença entre informar e formar pessoas. A formação constitui um processo educativo, capaz de construir conhecimentos e valores e transformá-los em ação prática. 

O ensino-aprendizagem deve ser uma construção participativa, participativa e estar de acordo com a realidade local. Diante dessa ótica que estamos elaborando esse trabalho com informações e propostas que possam transformar a visão de nossa população através do estímulo e a sensibilização para uma mudança de atitude.

A Educação Ambiental para atingir os objetivos, tem que passar pela melhoria na qualidade de ensino:
 Valorização da Educação Ambiental nas escolas;

 Promoção da educação Ambiental Interdisciplinar;

 Democratização da produção de conhecimento;

 Favorecimento do protagonismo Juvenil;

 Maior Interação entre escola e comunidade nas ações e produção de conhecimento na relação homem – meio ambiente.

 Pequenas intervenções mitigadoras de problemas ambientais locais.

Uma decisão em favor da vida


Uma decisão em favor da vida

César Torres

Desde os tempos mais remotos o homem costuma lançar seus detritos nos cursos de água. Até a Revolução Industrial, porém, esse procedimento não causava problemas, já que os rios, lagos e oceanos possuem considerável poder de auto limpeza, de purificação. 

Com a industrialização, a situação começou a sofrer profundas alterações. O volume de detritos despejados nas águas tornou-se cada vez maior, superando a capacidade de purificação dos rios e oceanos, que é limitada. Além disso, passou a ser despejada na água uma grande quantidade de elementos que não são biodegradáveis, ou seja, não são decompostos pela natureza. Tais elementos - por exemplo, os sacos plásticos, a maioria dos detergentes e os pesticidas - vão se acumulando nos rios, lagos e oceanos, diminuindo a capacidade de retenção de oxigênio das águas e, consequentemente, prejudicando a vida aquática e diminuindo a água potável para o consumo humano. 

Mas, independente das ações dos governos das ONGs e das empresas, os cidadãos podem, e devem encarar os novos desafios e partir para atitudes concretas, aproveitando esse momento atual e importante da vida na terra, e que podemos denominar como uma "revolução ambiental" onde em poucas décadas certamente irá transformar radicalmente o comportamento humano.

Mas para se alcançar esse horizonte e impedir que ultrapassemos a capacidade máxima da biosfera de absorver resíduos e poluição, a reeducação e uma nova atitude diante da vida têm que ser priorizadas por todos nós, para que possamos fazer daqui um lugar que garanta uma vida futura digna e saudável.

Em destaque está o plástico, vem se tornando o grande vilão, sendo um problema em todo o ambiente devido a sua demora em se decompor, e como agravante, na maioria dos pequenos municípios ainda não existe um processo de reciclagem que diminua seu impacto na natureza. 

Diante da grandiosidade dos danos causados pelo plástico é que elaboramos esse trabalho para possibilitar ao cidadão que não possui muito tempo para buscar as informações básicas dos malefícios do uso do plástico em sua rotina diária, e como contribuir para o meio ambiente, possa fazê-lo colocando em prática as sugestões contidas na cartilha.

A cartilha possui informações suficientes para uma tomada de decisão em favor da vida. Vamos pensar nas gerações futuras agindo agora.

A Importância das Matas Ciliares.




César Torres

O processo de ocupação do Brasil caracterizou-se pela falta de planejamento e conseqüente destruição dos recursos naturais, particularmente das florestas. Ao longo da história do País, a cobertura florestal nativa, representada pelos diferentes biomas, foi sendo fragmentada, cedendo espaço para as culturas agrícolas, as pastagens e as cidades. 

A noção de recursos naturais inesgotáveis, dadas as dimensões continentais do País, estimulou e ainda estimula a expansão da fronteira agrícola sem a preocupação com o aumento ou, pelo menos, com uma manutenção da produtividade das áreas já cultivadas. Assim, o processo de fragmentação florestal é intenso nas regiões economicamente mais desenvolvidas, ou seja, o Sudeste e o Sul, e avança rapidamente para o Centro-Oeste e Norte, ficando a vegetação arbórea nativa representada, principalmente, por florestas secundárias, em variado estado de degradação, salvo algumas reservas de florestas bem conservadas. Este processo de eliminação das florestas resultou num conjunto de problemas ambientais, como a extinção de várias espécies da fauna e da flora, as mudanças climáticas locais, a erosão dos solos e o assoreamento dos cursos d'água. 

Neste panorama, as matas ciliares não escaparam da destruição; pelo contrário, foram alvo de todo o tipo de degradação. Basta considerar que a maioria das cidades, a exemplo de Inhapim, Caratinga e Dom Cavate, foram formadas às margens de rios, eliminando se todo tipo de vegetação ciliar; e muitas acabam pagando um preço alto por isto,servindo de descarte do lixo e esgotamento sanitário o que além de comprometer a qualidade da água comprometeu gravemente o ecossistema, sendo também responsável por inundações constantes.

Além do processo de urbanização, as matas ciliares sofrem pressão antrópica por uma série de fatores: são as áreas diretamente mais afetadas na construção de hidrelétricas; nas regiões com topografia acidentada, são as áreas preferenciais para a abertura de estradas, para a implantação de culturas agrícolas e de pastagens; para os pecuaristas, representam obstáculos de acesso do gado ao curso d'água etc. 

Este processo de degradação das formações ciliares, além de desrespeitar a legislação, que torna obrigatória a preservação das mesmas, resulta em vários problemas ambientais. As matas ciliares funcionam como filtros, retendo defensivos agrícolas, poluentes e sedimentos que seriam transportados para os cursos d'água, afetando diretamente a quantidade e a qualidade da água e conseqüentemente a fauna aquática e a população humana. São importantes também como corredores ecológicos, ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando o deslocamento da fauna e o fluxo gênico entre as populações de espécies animais e vegetais. Em regiões com topografia acidentada, exercem a proteção do solo contra os processos erosivos. 

Apesar da reconhecida importância ecológica, ainda mais evidente nesta virada de século e de milênio, em que a água vem sendo considerada o recurso natural mais importante para a humanidade, as florestas ciliares continuam sendo eliminadas cedendo lugar para a especulação imobiliária, para a agricultura e a pecuária e, na maioria dos casos, sendo transformadas apenas em áreas degradadas, sem qualquer tipo de produção. 

As matas ciliares exercem importante papel na proteção dos cursos d'água contra o assoreamento e a contaminação com defensivos agrícolas, além de, em muitos casos, se constituírem nos únicos remanescentes florestais das propriedades rurais sendo, portanto, essenciais para a conservação da fauna. Estas peculiaridades conferem às matas ciliares um grande aparato de leis, decretos e resoluções visando sua preservação.

DEFINIÇÃO
As matas ciliares são sistemas vegetais essenciais ao equilíbrio ambiental e, portanto, devem representar uma preocupação central para o desenvolvimento rural sustentável. 
A preservação e a recuperação das matas ciliares, aliadas às práticas de conservação e ao manejo adequado do solo, garantem a proteção de um dos principais recursos naturais: a água.

As principais funções das matas ciliares são: 
• controlar a erosão nas margens dos cursos d´água, evitando o assoreamento dos mananciais; 
• minimizar os efeitos de enchentes; 
• manter a quantidade e a qualidade das águas; 
• filtrar os possíveis resíduos de produtos químicos como agrotóxicos e fertilizantes; 
• auxiliar na proteção do ecossistema. 
• São importantes também como corredores ecológicos, ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando o deslocamento da fauna e o fluxo gênico entre as populações de espécies animais e vegetais. Em regiões com topografia acidentada, exercem a proteção do solo contra os processos erosivos.

A importância do reflorestamento nas micro bacias hidrográficas como a do são silvestre são: 
• contribuir para conscientização dos produtores sobre a necessidade de conservação dos recursos naturais; 
• incentivar o reflorestamento, através da doação de mudas de espécies florestais nativas aos produtores; 
• contribuir para aumentar a proteção e vazão das nascentes e dos mananciais hídricos como o córrego são silvestre que abastece a cidade de Inhapim. 
• contribuir para melhorara a qualidade da água;contribuir para reverter processos de degradação ambiental; 
• contribuir para a preservação da biodiversidade e do patrimônio genético da flora e da fauna;buscar um equilíbrio biológico duradouro, essencial a uma melhor qualidade de vida.
APP - Área de Preservação Permanentes:
São áreas protegidas por lei desde 1965(lei 4.771), quando foi instituído o Código Florestal, cobertas ou não por vegetação nativa com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. 
Consideram-se Áreas de Preservação Permanente as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: 
• ao longo de rios e outros cursos d´água; 
• ao redor de lagoas. lagos ou reservatórios naturais ou artificiais; 
• ao redor de nascentes ou olho d´água; 
• no topo de morros, montes, montanhas e serras; 
• nas encostas ou partes destas com declividade superior a 45°; 
• nas restingas,como fixadora de dunas ou estabilizadoras de mangues; 
• nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 metros em projeções horizontais; 
• em altitudes superiores a 1.800 metros. 
Situação Largura mínima da faixa
Cursos de água com até 10m 30m em cada margem
Cursos d´água de 10 a 50m de largura 50m em cada margem
Cursos d´água de 50 a 200m de largura 100m em cada margem
Cursos d´água de 200 a 600m de largura 200m em cada margem
Cursos d´água com mais de 600m de largura 500m em cada margem
Lagos ou reservatório em zona urbana 30m ao redor do espelho d´água
Lagos ou reservatórios em zona rural (com menos de 20ha) 50m ao redor do espelho d´água
Lagos ou reservatórios em zona rural (a partir de 20ha) 100m ao redor do espelho d´água
Represas de hidroelétricas 100m ao redor do espelho d´água
Nascentes (mesmo intermitentes) e olhos d´água Raio de 50 m

DIA DA ÁRVORE


Dia da Árvore


DIA DA ÁRVORE
César Augusto Torres


O dia da árvore é comemorado em todo o mundo e em datas diferentes. Aqui no Brasil o dia 21 de setembro foi escolhido pelos índios que cultuavam as árvores no começo da primavera, época em que eles preparavam o solo para cultivo.

O desenvolvimento social no Brasil caracterizou-se pela ausência de planejamento e a exploração dos finitos recursos naturais. As nossa reservas florestais foram os recursos mais explorados. A necessidade de crescimento da produção alimento foi responsável pela fragmentação de nossa florestas, cedendo espaço para as culturas agrícolas, as pastagens e os centros urbanos.

Diante do estado atual de degradação e ainda da insensatez de muitos que continuam a desmatar nossas florestas, pergunto. Será que temos mesmo o que comemorar no dia da árvore?

Temos sim! Ainda temos tempo de reverter esse processo de destruição do pouco que existe, e conscientemente, patrioticamente, reconhecer a nossa fraqueza e a nossa dependência dos recursos naturais.
Quando falamos em conscientização é importante lembrar que não basta saber é importante agir. Temos certeza que é de conhecimento por toda nossa população, todos os benefícios que uma árvore nos oferece. Mas vejam como é preocupante a falta de comprometimento das pessoas com nossas árvores.

Como responsável pela Secretaria da Fazenda e pelo atendimento ao público. Diariamente chegam em minhas mãos inúmeros requerimentos dos mais variados assuntos, entre eles, a poda e corte de arvores. Acreditem! Em nove meses que estamos na administração, não existiu um requerimento sequer, solicitando a substituição ou plantio de uma árvore em nossa cidade.

É fato que a arborização em Inhapim precisa ser recomposta com espécie adequada para não prejudicar os passeios, e até mesmo as residências. Já se encontra em fase inicial um estudo para arborização da cidade com a substituição das árvores antigas e prejudiciais. O que não justifica é o desinteresse de nossa população. Para que possamos obter os resultados desejados é necessária a participação efetiva de todos. Vamos acordar! A cidade é nossa! Já está comprovado que as árvores além de todos os benefícios, ela pode reduzir a temperatura urbana em até 20%.

Vamos inverter esse processo, comecem a requerer na Prefeitura o plantio de uma árvore em frente a sua casa. É importante cada um assumir e cuidar das árvores que estão perto da sua casa, na praça mais próxima, na escola, no sítio, na praia, na casa da vovó... Se você não souber muito bem como cuidar delas é só procurar alguém que saiba.

As crianças quando puderem peçam para a mamãe ou pro papai ensinarem você a plantar uma árvore bem bonita e saia falando pra todo mundo que você plantou a árvore mais linda do mundo e que ela vai ajudar a salvar o planeta.
Vamos comemorar o DIA DA ÁRVORE com o coração. 

A Agonizante vida do Rio Caratinga.


Matéria Publicada no Jornal O Noticiário

César Torres

               A água é o elemento fundamental da vida. Seus múltiplos usos são indispensáveis a um largo aspecto das atividades humanas, onde se destacam, entre outros, o abastecimento público e industrial, a irrigação agrícola, a produção de energia elétrica e as atividades de lazer e recreação, bem como a preservação da vida aquática.
                  A existência de tudo o que é vivo, em nosso planeta, depende de um fluxo de água contínuo e do equilíbrio entre a água que o organismo perde e a que ele repõe. As semelhanças entre o corpo humano e a Terra são: 70% do nosso corpo também é constituído de água. Assim como a água irriga e alimenta a Terra, o nosso sangue, que é constituído de 83% de água, irriga e alimenta nosso corpo.
             Quando o homem aprendeu a usar a água em seu favor, ele dominou a natureza: aprendeu a plantar, a criar animais para seu sustento, a gerar energia etc. Desde as civilizações mais antigas até as mais modernas, o homem sempre procurou morar perto dos rios, para facilitar a irrigação, moer grãos com moinho d’água, lavar roupas, obter água potável e descartar os seus dejetos o lixo etc.
                   Nos últimos anos, a humanidade se desenvolveu muito, e Inhapim não foi diferente, a invasão das habitações para o leito do rio é hoje um problema que afeta grandemente não só a
qualidade da água, mas também a vida de todo ecossistema que depende de suas águas.
                 A imensidão do Brasil fez, e ainda faz, muita gente pensar que todos os recursos naturais do nosso País são inesgotáveis. Engano. Um grande engano. Se não abrirmos os olhos e ficarmos bem atentos as nossas atitudes, poderemos sofrer graves prejuízos e ainda
comprometer a sobrevivência das gerações futuras.
                 A maioria das pessoas está passando pela vida sem perceber a velocidade da degradação e a gravidade que se encontra o meio ambiente. A água é hoje a maior problemática ambiental, pois sua escassez já afeta milhões de pessoas no planeta e a previsão é sombria. O desmatamento, a poluição e o uso irracional são os maiores responsáveis pela diminuição substancial das reservas hídricas potável no planeta, e o nosso Rio Caratinga exemplifica bem esse estado de degradação, com a diminuição gradativa de suas águas da vida em suas águas.
                  Hoje, mais do que nunca, a vida do homem depende da água e a preservação depende de cada um de nós. O nosso Rio Caratinga sofre atualmente duas sérias agressões. A primeira trata-se do esgoto urbano que é despejado sem tratamento por todos os municípios ao longo de seu curso. A segunda agressão trata-se do lixo que é atirado diariamente em seu leito por muitos, e em nossa cidade alguns Inhapinhenses também são praticantes desse crime ambiental e jogam sacos de lixo e muitos outros resíduos sólidos contaminantes e ou terra e restos de construção no rio sem nenhum remorso, como se fossem donos da natureza.

Ainda existe uma saída?
               A resposta é sim! Ainda existe uma saída!... Educação... Atitude... Ação...A Problemática Ambiental nos leva a buscar um novo caminho na educação, pois, não basta que as pessoas saibam o que fazer. É necessário que façam. Não é, portanto, um problema de saber, é um problema de ação. E, para fazer é importante saber, contudo a tomada de decisão é o primeiro passo. Esse é um desafio que devemos enfrentar, é comum os jovens compreenderem as necessidades de novas atitudes e não conseguirem convencer os pais ou irmãos a acompanhá-los. Cabe a todos nós a busca de caminhos que provoquem a mudança.
                Devemos sim, compartilhar esse importante sentimento. Não somos os donos da natureza, mas, parte dela. O nosso respeito aos recursos naturais é que irá promover o equilíbrio e garantir a vida das gerações futuras. Vamos participar e mostrar aos nossos Inhapinhenses que o fato de possuirmos nossas residências a margem do rio, não nos torna responsáveis por sua poluição. Não atiramos lixo em suas águas. Nos tornamos sim, guardiões de suas águas.
        Vamos ajudar a salvar o Rio Caratinga. Compre também essa idéia. Mostre ao seu vizinho a importância das águas e vamos acabar com essa pratica irracional e ajudar a salvar o planeta começando por nossa cidade.

Conheça abaixo a Declaração Universal dos direitos da água.
 
Em 22 de março de 1992 a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o "Dia Mundial da Água",
publicando um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água". Eis o texto que vale
uma reflexão:

1.- A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.
2.- A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.
3.- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
4.- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
5.- A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
6.- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
7.- A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8.- A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
9.- A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10.- O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e oconsenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

O Lixo Nosso de Cada Dia

Publicada nos Jornais - O Noticiário de Inhapim e Diário de Caratinga
César Torres

Definição de lixo.


           A palavra LIXO tem origem do latim lix, que significa cinza. Antigamente na Europa a maioria dos resíduos domésticos vinham do fogão de lenha e da lareira, eram restos de lenha, carvão e cinzas. Já os restos dos alimentos eram usados como ração anima, como esterco para horta e pomar. As cinzas que deram a todos os resíduos domésticos eram aproveitadas para fazer sabão.
            Associação Brasileira de Normas Técnicas ­ ABNT ­ define o lixo como os "restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semissólido ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional."
De acordo com o Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, "lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor." Conscientização, a magia para construção de uma nova geração Ambientalmente Correta.
A fragilização dos sistemas ecológicos mundiais, sua destruição sistemática, o uso indevido e abusivo dos Recursos Naturais, nosso consumismo sem limite na busca constante de suprirmos nossos desejos econômico, obriga um posicionamento mais responsável dos cidadãos face a uma gestão correta dos bens ambientais, levando em consideração que são recursos esgotáveis do planeta.
 Diante desse panorama, nota-se que o poder se encontra concentrado no mercado, e que o protagonista do mercado é o consumidor e essa postura consumista tem como consequência o aumento do lixo, e um elevado índice de poluição ambiental. Vale lembrar que a média nacional é a produção de 0.6 Kg de lixo por habitante e mais 0,3 kg de lixo na limpeza urbana, o que quer dizer que Inhapim hoje já produz mais de dez toneladas de lixo dia. O lixo é hoje a maior problemática ambiental da humanidade.
Diante de nossa realidade, Inhapim possui um grande desafio, que é a implantação de um sistema eficiente de coleta seletiva. Sabemos que para a implantação da coleta seletiva dentro de um modelo ecoeficiente é necessário uma estrutura de destinação correta, que seria uma Usina de reciclagem e Compostagem do lixo, e um aterro controlado para o descarte dos não recicláveis.
A atual administração viveu momentos dramáticos em relação a questão do lixo em Inhapim no início da gestão. O lixão onde recebe o lixo de Inhapim, também recebe o lixo da cidade de Ubaporanga. A situação era tão grave que existia uma montanha de lixo cheia de insetos, moscas, urubus e toda sorte de infestação e danos ambientais com: chorume que escorria morro abaixo sem nenhum cuidado. E o município penalizado pelo Ministério Público e Meio Ambiente, condenado a multas elevadas.
O Ministério Público entendendo que a atual administração não poderia ser responsabilizada pela situação, suspendeu as multas mediante a um TAC que foi cumprido integralmente pela atual administração.
Hoje estamos aguardando novas ações da municipalidade que já conseguiu recursos para implantação de uma Usina de reciclagem e compostagem do lixo alem de um aterro controlado.
Com a implantação da nova estrutura, também está nos planos do atual prefeito Grimaldo Bicalho, a implantação da coleta seletiva em todo município, a exemplo do que já é feito hoje com resíduos hospitalares.
         Enquanto a Usina não vem e a coleta seletiva não acontece. Que tal lembrarmos que o lixo, também é uma responsabilidade nossa! Dentro das limitações atuais do município em coletar e destinar o lixo dentro do conceito da sustentabilidade, esperamos a CONSCIENTIZAÇÃO dos Inhapinhenses em colaborar com a limpeza urbana e a coleta. É simples, basta que seja respeitado o horário de coleta e se evite colocar o lixo à noite para que animais não rasque os sacos e espalhe o lixo pelas ruas, dificultando assim a coleta.
         É bom lembrar que o lixo é responsável por uma série de doenças, e que a cidade em que vivemos é a extensão de nossa casa. Ruas sujas também contaminarão nossa casa, ou melhor, nossa vida.
   Vale lembrar que essas ações fazem parte de um novo conceito ambiental, “O desenvolvimento sustentável”. Em poucas palavras, significa melhorar a qualidade de vida dos que vivem hoje, sem prejudicar as próximas gerações que nos sucederão. Se transforme também em um ambientalista, e ajude nossa cidade.