César Augusto Torres
A cultura da impunidade atinge todos os níveis sociais, e seus tentáculos alcançam aqueles que deveriam combatê-la, como: a polícia, o judiciário e os políticos. A população às vezes não se dá conta que se tornou também um elo para disseminação dessa cultura. No transito, não damos conta de quantos motoristas avançam sinal, estacionam em locais proibidos, formam fila dupla em locais proibidos, infringindo as leis acintosamente.
O meio ambiente é outro que sofre as agressões em razão dessa cultura, é comum no meio rural as queimadas intencionais e os autores denunciando o fato e passando por vítimas. O cidadão nas cidades, jogam o lixo na rua como se a cidade não fosse um patrimônio público ou melhor a extensão de sua morada.
A sonegação de impostos é uma prática geral, pensamos... Se somos assaltados nos impostos devido a elevada carga tributária, então, sonegar é um direito de todos, e sempre saímos impunes. Os escândalos no governo continuam a todo vapor, e ninguém é preso. O voto é a única arma que possuímos, mas a maioria ainda não percebeu a letalidade dessa arma para os corruptos. Volto a perguntar! Uma geração perdida?
A famosa lei de Zico imperou durante décadas, e foi uma forma sutil das pessoas tratarem desonestidade como sabedoria e transformarem a impunidade como os louros de sua conquista. Hoje os atos aparentemente pequenos e inocentes, escondem o avassalador dragão que devora uma geração de brasileiros, que se perdeu nas infinitas dúvidas de que lado deve caminhar, se é com a Lei de Zico ou a nobreza e honradez de um caráter ilibado, e sujeitar a ver o mundo desabar e impotentes na promoção das mudanças.
Estamos sim na contramão dos ensinamentos cristãos, onde a vida valia uma vida, onde o homem se orgulhavam em ostentar um fio de bigode como um documento, o para os dias de hoje é necessário testemunhas, registros em cartórios e garantias materiais.
Porém, ultimamente estamos vendo uma escalada assombrosa das ações de criminosos, que invadem residências, matam, estupram, dominam os centros urbanos, intimidam a polícia o judiciário. Não sabemos mais onde queremos chegar, estamos todos loucos, o ser humano perdeu a noção de limites.
Fica uma pergunta no ar! A quem interessa esse caos social? Quando se fala em diminuir a idade penal, os direitos humanos e um código de proteção ao menor e adolescente impedem ações mais enérgicas, e protegem quem deveria ser punido. Será que esse protecionismo interessa a alguém? Será que as autoridades não percebem que o mundo mudou e que estamos em uma guerra urbana.
Quando um saldado atinge um bandido, responde com processo e punição, quando um bandido mata a polícia ou um cidadão, raramente são presos. As prisões do país são na verdade o QG do crime organizado. É inadmissível uma quadrilha de dentro de um presídio comandar ações de dezenas de bandidos fora da cadeia. São as autoridades muito incompetentes, ou todos possuem alguma cumplicidade. Qual é sua opinião? Acho que é a mesma que tenho.
Pena de morte? Prisão perpétua? Acho que já devemos pensar no assunto sem demagogia, bandido solto é sociedade presa. Se não tomarmos uma atitude mais séria não conseguiremos assumir o controle no futuro, sem derramar muito sangue de inocentes.
Tolerância zero! Um sonho muito distante, considerado os nossos governantes que se acovardam e maquiam as ações em nome do populismo político eleitoral.
A verdadeira educação deixou de existir no Brasil, foi abandonada faz muito tempo, ensinar o b+a=ba a matemática e geografia, ainda estão presentes, mas não é essa educação que ira tornar o jovem comprometido com um mundo melhor. São as boas maneiras, o caráter, o respeito, o amor, é que deveria ser pano de fundo da educação.
Como analisamos em todos os pontos importantes citados, o comportamento dos níveis baixos se refletem nas camadas de cima. O povo mal educado, e cada vez menos preocupado com o semelhante, reflete o momento de crise comportamental do país. Se a educação não voltar o foco para as conceitos cidadão, seremos eternamente o país da Impunidade, e o crime a cada dia mais ousado e mais cruel.
Que Deus nos ajude!
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