A vida passa para
todos nós de uma forma tão rápida, que não damos conta de como perdemos a oportunidade de torná-la mais bela e feliz.
Somos envolvidos em um mundo de compromissos, uma busca sem fim em construir
riquezas ou satisfazer os novos conceitos, conceitos que
tornaram o padrão social e o modo de vida em níveis tão elevados
exigindo das pessoas um esforço sobre-humano. Razão do distanciamento dos
membros das famílias, dos amigos e até mesmo do tão importante relacionamento
entre vizinhos. Diante desta nova realidade não buscamos organizar nosso tempo
e eleger as prioridades que de fato nos oferece maior prazer, e cumprirmos assim,
os desígnios de Deus durante nosso tempo aqui na terra.
Nossa família, nossos amigos e o mais
importante, um tempo para Deus, ficam sempre em segundo plano. A cada dia que
passa, não é somente um dia a mais vivido, mas sim, um dia a menos em nossa
existência. Como retornar e viver o que deveríamos ter vivido? Não! Não é possível! Como recuperar o tempo perdido? Recuperar
também não! Mas vivermos o que nos resta repensando nossa existência, valorizando a nossa vida e o nosso entorno
como uma dádiva de Deus, e perceber que para sermos felizes não precisamos de
muito, somente vivendo os princípios básicos que nos foi ensinado ainda em
nossa infância, como o amor, o respeito aos nossos pais, o respeito ao meio
ambiente, amar nosso semelhante como a
nós mesmos e amar a Deus acima de qualquer coisa.
O nosso sentimento é de alegria, por ter reconhecido a tempo a importância real de nossa existência e o valor de uma familia, o que nos deu a oportunidade de fortalecer os laços familiares e ainda aproveitar de alegrias inimagináveis. Saudades, sentiremos, mas, de uma forma confortante, pois nosso pai se alegrou e nos alegrou, pode ver os bons frutos de sua existência e pode conhecer a verdade que liberta o homem do pecado, nos deixou em comunhão com Deus.
A
perda de um ente querido é sempre um momento difícil, sabemos que temos um
tempo aqui na terra, mas como conviver com esse momento que nunca aceitamos com
naturalidade? Meu querido pai nos deixou, os seus últimos dias, foram dias
difíceis, sua partida era inevitável, não tínhamos opção. A compreensão dessa realidade não impediu a
existência de um vazio que somente é capaz de sentir, quem teve uma perda de
alguém a quem amou e por ele foi amado. Esse amor foi construído ao longo dos
anos, através de uma convivência de muito respeito, à luz dos ensinamentos Divinos,
e mesmo assim nos tornamos egoístas, desejando que esse dia nunca chegue, impedindo a quem amamos ser
recebidos pelo nosso criador.
Hoje experimentamos a
vida sem o nosso pai, sua partida nos deixa uma lacuna que jamais será
preenchida, mas o que mais nos conforta é em saber que tivemos o prazer de
cultivar um relacionamento que foi muito além de uma amizade, sendo construído
pelo respeito, o carinho e o amor paterno que era correspondido. O legado
deixado, esse, levaremos também para a eternidade, como os ensinamentos
cristãos que primam por respeitar pai e mãe, o convívio harmonioso com o nosso
semelhante respeitando os nossos limites, lembrando sempre dos conceitos que
norteiam esses princípios, como a honestidade a ética o amor ao próximo e em
especial a Deus e seu filho Jesus Cristo.
Uma reflexão de nossa
história de vida e a importância de Jurandir Torres em toda nossa trajetória
enche nosso coração de alegria, pois, cumpriu fielmente sua missão aqui na
terra. Temos ciência que o tempo o tornará apenas mais um número na estatística
de pessoas que aqui viveram, sabemos
também que suas obras e a simplicidade de sua vida não foram o bastante para
ser lembrado pela humanidade com notoriedade. Mas nos orgulhamos na certeza que
seu esforço em ser um exemplo de vida não foi em vão, e que seus exemplos através
de muitos de seu convívio frutificaram, ajudando na construção de um mundo
melho.
O que
mais nos alegra em sua passagem é em saber que sua vida será com certeza, reconhecida
por Deus como sendo merecedora de um lugar especial na eternidade a sua destra.
Agora só clamamos a Deus que nos prepare também um lugar especial quando nosso
tempo chegar.
Obrigado aos amigos e
parentes que carinhosamente manifestaram o seu pesar, escrevendo, telefonando, no silencio ou de alguma outra forma prestaram
a sua homenagem . Fica aqui um Adeus, e até breve ao “Meu Querido Pai, Jurandir
Torres”.